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Analise completa do jogo PES 2018

PES 2018 volta com muitas mudanças dentro de campo principalmente, vamos ver todas as novidades desse ano.

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Durante a divulgação a Konami deixou claro que  esta versão foi desenvolvida durante 3 anos e que o que estamos vendo é a base para o futuro da franquia PES, vamos analisar este jogo e ver o que essa franquia pode nos oferecer daqui para frente.

Rolando a bola no gramado verde

O primeiro detalhe a se destacar no PES 2018 são as melhorias gráficas deste jogo, a Konami trabalhou bastante na iluminação desse jogo e conseguiu deixa-lo bastante bonito, se antes os jogos de dia eram o grande destaque agora podemos elogiar os jogos a noite que ficaram muito bons também.

Além disso fica visivel a melhoria das texturas de jogadores e do estádio em geral, camisetas com texturas de tecidos ficaram visiveis e bem realistas, além do gramado que chama a atenção pelos detalhes e falhas após algum tempo de partida, nada de tapete verde sem detalhes como tinhamos em jogos anteriores.

A animação dos jogadores ficaram muito boas também, elas agora são um pouco mais lentas e com melhores ligações de uma animação para outra. Os goleiros também ficaram muito bons e ganharam novas animações quando lançam a bola ou se jogam para fazer defesas.

 Alguns estádios novos que apareceram nesta versão mostram a dedicação que a Konami tem para recriar perfeitamente as arenas, destaque para São Januário que ficou muito parecido tendo até mesmo a estátua do Romário aparecendo perto do campo.

Som

 Queria ter tantos elogios para o som como tive pelos gráficos, mas a verdade é que não temos nenhuma novidade nesse departamento, a torcida continua a mesma do que já vimos nos anos anteriores, com poucos canticos e com volume baixo, não mudando a experiencia de jogo numa partida independente de ser no nosso estádio ou no campo do adversário.

A narração brasileira também não mudou muito, temos novas frases do Milton Leite e do Mauro Beting mas a interação entre eles e a partida ainda não é das melhores, mas a culpa não são dos narradores e sim da programação do jogo que não ajuda muito, algo que ajudaria seria chamar ambos para fazer um numero maior de gravações e colocar mais nomes de jogadores e comentários váriados para ajudar nisso. Também é necessário maior cuidado com os arquivos de áudio, pelo segundo ano seguido ainda temos o erro do Mauro Beting citando o nome do Silvio Luiz que já saiu da franquia tem 2 anos.

Pelo menos nós brasileiros tivemos uma excelente adição, após muitos pedidos a Konami nos trouxe a opção de ouvir a narração japonesa do grande Jon Kabira, e se com ela não entendemos o que ele fala, pelo menos temos bastante emoção e momentos engraçados que nos fazem lembrar as antigas partidas de Winning Eleven ainda no primeiro Playstation.

A trilha sonora também não tem nada demais, sinceramente preferia os velhos jogos da franquia com composições da própria Konami que eram muito melhores e marcantes.

Modos de Jogo e Menus

Todo o trabalho que a Konami teve para seu jogo durante a partida parece que ficou apenas lá, algum desavisado ao ver os menus iniciais pode achar que carregou o 2017 por engano e não o 2018 de tão parecidos que ficaram, apenas algumas mudanças nas cores e nada mais.

De modos de jogo temos como novidade a volta do modo aleatório, que consiste em escolher alguns filtros, seja país, campeonato ou times, e a cpu irá sortear os jogadores dos times, ótimos para disputas com outro jogador que querem sair da mesmice dos times mais consagrados como Barcelona ou PSG.

Além disso veio o modo co-op, que permite que 6 jogadores se enfrentem 3 vs 3, adquirindo pontuação durante a partida e ganhando niveis de jogador no fim delas, um modo que funciona muito bem mas que precisa de um melhor matchmaking, visto que desde o lançamento não consegui fazer uma partida com outros 5 jogadores, sendo obrigado a usar a cpu para completar as equipes.

O modo rumo ao estrelato não tem muitas novidades, ela acaba incorporandoa s novidades que vieram na Liga Master, que irei discutir mais a frente.

MyClub

O modo que é o mais visado pela Konami também não ganhou nenhuma novidade, os menus são basicamente os mesmos do ano anterior e tirando a possibilidade de jogar co-op com seu time, não tem absolutamente nada de novo para mostrar, mesmas animações e opções.

Algo que pode gerar interesse no futuro é a disponibilidade de lendas que a Konami apresentou durante a divulgação do jogo, já foi confirmado que craques como Romário e Sócrates irão aparecer neste modo, mas infelizmente não temos data e só nos resta esperar. Até o momento somente o Maradona e Usain Bolt estão disponíveis, e mesmo assim somente para quem comprou versões de pré-venda ou especiais.

Liga Master

O modo mais adorado pelos fãs da franquia (inclusive este que escreve a análise) volta com novidades, a primeira delas é o modo desafio, modo em que recebemos metas a serem cumpridas pelo presidente do clube, como por exemplo chegar pelo menos em 9º lugar (no caso de clubes pequenos), se classificar para algum torneio continental ou ganhar alguma taça durante a temporada. A não realização dessas metas podem acarretar na demissão do clube.

Estou jogando este modo e a adição destas metas é bastante bem vinda, tratei de colocar na dificuldade máxima no meu primeiro ano de jogo para ver como acontece a demissão e achei que o dirigente foi muito paciente comigo, mesmo perdendo várias partidas seguidas ele somente me demitiu no fim da temporada, provavelmente o jogo te dá todas as chances de você se recuperar mas acaba sendo estranho para nós que estamos acostumados com técnicos sendo demitidos em pouco tempo.

Após a demissão você pode escolher um novo clube para treinar, geralmente clubes pequenos, e dá para você continuar sua jornada na liga master sem ter que criar um novo jogo.

Tirando isso, agora temos uma nova tela que mostra o status do time, nela é possível ver o nivel de confiança do presidente do clube e do seu elenco, mas infelizmente com relação ao elenco não vi nenhuma mudança, esperava receber mensagens de jogadores quando insatisfeitos com o time mas eles não se manifestam, somente o presidente do clube.

Outra novidade do modo é na parte de contratações, agora ao renegociar contrato podemos alterar os valores do contrato, além disso é possível adicionar uma clausula de rescisão, caso o jogador queira sair do clube sem a sua autorização. Neste momento estou na terceira temporada e ainda não tive nenhum jogador fazendo uso disso, então fico devendo maiores detalhes da saida do jogador com esse recurso.

Além disso ao chegarmos num final de temporada podemos ser convidados a participar de um torneio amistoso de pré-temporada, basicamente é um mini torneio com 4 clubes, ganha quem fizer mais pontos. Jogadores importantes do seu time podem não participar do torneio tornando-o um pouco mais desafiador, mas nada que realmente empolgue muito.

Tirando essas novidades, que não são muitas, o modo Liga Master permanece o mesmo do ano anterior, temos algumas animações novas mas não podemos interagir com elas se tornando repetitivas com o tempo. Espero que a Konami no próximo ano traga mais novidades neste modo para que ele se torne mais divertido, seguem algumas sugestões:

  • Trazer de volta a opção de contratação de equipe técnica
  • Permitir que possamos dar entrevistas e respostas aos jornalistas, com mudanças no humor e moral do time e presidente do clube dependendo das respostas
  • Trazer de volta a interação com jogadores, com eles vindo a nós pedir para jogarem mais ou até mesmo mostrando insatisfação com o fato de ser reservas, talvez até problemas de comportamento de jogadores bad boy que precisaremos contornar ou até mesmo ter que nos desfazer do jogador
  • Os jogadores continuam com limitação de receber uma proposta de clube de cada vez, o que é extremamente irreal, que possamos avaliar receber mais de uma proposta e responder a que for melhor
  • Falando em limitação, o jogo poderia remover a limitação de conversar com no máximo 5 jogadores na hora de contratar, deveria ser ilimitado ou pelo menos um limite de 10. 15 jogadores por vez
  • Ser chamado para treinar a seleção deveria ser mais dificil, eu fui praticamente despedido na primeira temporada, e depois de conseguir um bom resultado com um clube pequeno já fui chamado para treinar seleções ao fim da segunda temporada
  • O treinador que fica na beira do gramado durante as partidas não é o mesmo que a gente cria no inicio da Liga Master, tá na hora da Konami melhorar esses elementos que ficam fora do jogo, vale para os reservas que também não são devidamente retratados

Essas são algumas sugestões, e que por incrivel que pareça muitas delas já estiveram presentes na série, mas todas foram removidas no 2014 quando teve a mudança para a Fox Engine.

Dificuldade e Jogabilidade

Toda nova versão de PES é um sofrimento para os jogadores de longa data, algo normal visto que com as mudanças de animação e velocidade demora um bocado para nos adaptarmos a ela. A dificuldade nesta versão está mais alta que a dos anos anteriores, goleiros cometem poucos erros e os jogadores trabalham a bola muito bem, se tornando até impossíveis como no modo Lenda.

Inclusive desisti de jogar na dificuldade mais dificil por conta disso, muitos lugares estão reclamando que times pequenos acabam jogando igual ao Barcelona neste modo, não é exagero e realmente acontece, falta na IA modos diferentes de trabalhar a bola e termos maiores erros de passe e lançamentos quando o adversário é limitado.

Falando em dificuldade, o problema de arbitragem continua nesta versão, além da IA fazer pouquissimas faltas (carrinhos aqui são rarissimos) o juiz por sua vez não marca muitos lances contra a CPU, tanto que em 3 temporadas, cada uma com uma média de 60 partidas, eu só consegui fazer 1 unico gol de falta, sendo que devo ter tido pouco mais de 4 ou 5 marcadas perto da área.

Falando em faltas a Konami finalmente tirou os indicadores e setas na hora de cobrar falta, lembrando o modo de cobrança dos antigos PES, ficou mais dificil mas mais recompensador também. 

 Apito final

Concluindo, a Konami dentro das quatro linhas fez um excelente trabalho, conseguiu trazer boas melhorias gráficas e excelente jogabilidade, faltando apenas algumas melhorias na IA e marcação de faltas para ficar realmente perfeito, mas nada que bastante tempo de treino não faça ignorar esses problemas.  Vamos esperar que pelo menos alguns desses bugs sejam corrigidas através de patchs, como aconteceu no 2016 aonde os goleiros eram muito fracos e ficaram muito bons com o passar do tempo.

E como a Konami já deixou claro que este foi um jogo desenvolvido durante 3 anos, que no ano que vem ela traga novidades nos modos de jogo que foram um pouco esquecidos neste ano, principalmente no Liga Master e MyClub.

Prós Contras
Iluminação está ótima tanto em jogos de dia quanto a noite Poucas novidades nos modos de jogo
Texturas de gramado e uniformes melhorados As faltas viraram ocasiões raras durante as partidas
Andamento da partida mais cadenciado, obrigando a tocar mais a bola e correr menos Narração brasileira continua com erros do ano passado (Mauro Beting ainda cita o nome do Silvio Luiz em duas falas)
Animações dos jogadores e goleiros melhoraram bastante  Nenhuma novidade no editor de jogo interno, o que é péssimo para quem tem Xbox e não pode importar arquivos externos.
 Narração Japonesa do Jon Kabira finalmente presente na versão brasileira  IA na dificuldade mais dificil fica irreal com jogadores de times ruins conseguindo passes de primeira e lançamentos perfeitos sempre
Nota Final: 90